Em Roma dois Albaneses foram batidos por um grupo de Italianos. Coitados, eles afinal eram dois imigrados de bem, que trabalhavam sem chatearem ninguém, como motoristas da camião. Tinham estacionado e só estavam a procura de um lugar para jantarem depois de um dia de trabalho, mas apareceu um grupo de vigilantes italianos, agora em Roma há grupos de cidadãos que andam por ai nas ruas, à noite, para manterem a segurança e lutarem contra a violência dos imigrados. Perguntaram aos dois imigrados Albaneses se por acaso fossem romenos, mas depois, esses nem tiveram tempo de responderem que logo os Italianos começaram a bater neles. Os Albaneses tentaram fugir mas como eram gordinhos não conseguiram e continuavam apanhando.
Outros imigrados de leste, solidários, chamaram a policia. Quando a policia chegou para salva-los os Albaneses fizeram um escandalo dizendo que a Policia teria chegado tarde de próposito porque só protege os Italianos e não protege os imigrados, isto também é falso, contudo, a Policia mantem a ordem a protege todos, italianos e imigrados.
Uma historia feia, porque neste caso os dois imigrados não tinham culpa nenhuma, nem eram romenos, eram Albaneses e trabalhavam normalmente, sem chatearem ninguém.
Tanta tensão social, contudo, devia ser enfrentada a nível politico. Ê preciso que os politicos percebam que se não fizermos na Europa leis muito duras contra a violência dos imigrados depois vão ser os próprios cidadãos a fazeram justiça sozinhos. Eu sou contrario a esses grupos de andam por ai a fazerem de vigilantes à noite, tenho muita compreensão por eles, estão fartos com a violência dos imigrados e tentam manter a ordem nas cidades, mas o problema é que depois podem acontecer excessos como este dos dois Albaneses que apanharam sem motivo, uma verdadeira injustiça. Se calhar deviamos começar a pensar numa grande força policial federal da UE que se dedique exclusivamente à identificação e à expulsão de todos os imigrados ilegais , além disso novas cadeias deviam ser construidas para que os ilegais fiquem presos antes de serem expatriados e parem de andar por ai à solta, mas também os imigrados legais que trabalham sem chatearem integrando-se nas sociedades europeias a respeitando os valores da nossa civilização ocidental e cristã deviam ficar protegidos contra os abusos e contra a xenofobia. A xenofobia e o racismo não fazem sentido em 2009. Naturalmente evitar o racismo e a xenofobia não deve ser um semaforo verde para os imigrados fazerem o que querem sem se importar com as leis dos paises europeus.
Será que fiquei contagiado pela onda Obaniana? Será que a chegada do Obama está a desmoronar os meus preconceitos racistas?
Ainda há dois dias apercebi-me que tinha mudado de ideia em relação aos Brasileiros, quando comecei a escrever este blog não podia com os Brasileiros, não conseguia admitir o sotaque deles nem a maneira como eles falam português , depois simplesmente percebi que eles nem falam português e sim simplesmente brasileiro, e hoje consigo olhar para os Brasileiros com mais simpatia e respeito. Neste blog, desde sempre, tenho sido grande inimigo dos Romenos, particularmente dos Romenos que vivem no meu pais, isto porque são responsaveis de muitos crimes na Itália, mas hoje, enquanto viajava por motivos de trabalho, ouvia no meu I-pod, uma transmissão da RTP internacional que passou no ar a 6 deste mês (ontem) e que eu ouvi hoje em podcast. A transmissão chama-se "Viver em Portugal" (como vive, o que pensa e como nos vê quem um dia escolheu Portugal para viver) , ouvi uma entrevista ao Doutor Virgil Mihaiu (Romeno), Director do Instituto de Cultura Romeno em Portugal, este Senhor, muito agradavel e simpatico, vive há dois anos em Portugal, vai ficar mais dois, e depois vai voltar para a Romenia.
Enquanto ouvia tinha que admitir que achava-o muito simpatico, uma pessoa agradavel, que até gostava de conhecer pessoalmente, uma boa pessoa mesmo, gostei de tudo o que ele disse quando entrevistado pela radio portuguesa, falando da Romenia, de Portugal, dos Portugueses e dos Romenos. Cheguei a sentir aquela proximidade derivada pelas raizes latinas, esse Senhor conseguiu fazer-me lembrar que nos temos muita coisa em comum com eles, muita mesmo. Depois tive que acertar as contas comigo proprio: sempre a falar tão mal dos Romenos!!! Será que são mesmo todos feios, sujos e maus? Claro que não são!!!
Uns desesperados chegaram a Itália sem vintém, e entre estes, alguns trabalharam duro e outros escolheram caminhos ilegais para chegarem a ter um pouco de dinheiro, mas também muitos Romenos ficaram na Romenia trabalhando, tentando melhorar o seu pais. Gostei, por exemplo de ouvir esse Doutor Milhaiu, gostei de ouvir que ele ama Portugal e os Portugueses, ama viver ali, mas não vai ficar ali para sempre, somente quatro anos, o lugar dele é na Romenia. Fiquei a sentir ternura por ele, nem sei porque, se calhar por partilhar com ele um grande amor para Portugal, combinado com um grande amor para a patria pessoal, Itália no meu caso, Romenia no caso dele. Fiquei a sentir respeito e consideração também.
Muitos preconceitos que tinha, nos últimos tempos estão a cair.
Efeito Obama?
Será grave?
Quase já nem me reconheço!!!
Eu aquele fascista xenofobo que só gostava de Italianos e Portugueses, agora a falar bem de Brasileiros e Romenos...
Devo estar a ficar velho!!!
Quem for curioso e quiser ouvir a entrevista ao Director do Instituto Romeno em Portugal, pode ouvir a gravação do programa da RTP aqui.
No vídeo uma canção cantada em duas vozes (homem e mulher) , metade em língua romena e metade em língua italiana. Dedico esta canção a todos os Romenos de bem, que são sem duvida a maioria dos Romenos, e muito mais do que pensava.
Aqui muitos preconceitos meus estão a cair...
Os Italianos estão fartos. Outrora os imigrados faziam o que queriam e ninguém dizia nada, agora os Italianos cansaram-se e já que as autoridades não conseguem fazer respeitar o direito e os imigrados são cada dia mais criminosos, então agora apanham.
Continuo ouvindo acusas de racismo: mas que grande estupidez!
Os Italianos não são racista, p...a! Não tem nada a ver com a cor da pele e sim com os crimes, os Italianos estão fartos de criminosos pelas estradas.
FARTOS !
AGORA CHEGA, PRONTO.
Eu acho que era preciso encontrar uma solução politica para bloquearmos o fluxo de desesperados a imigrarem na Itália e na Europa, pois fingirmos que não há problemas pode ser muito perigoso.
Esta gente chega aqui sem vintém e claro que depois há de encontrar uma maneira qualquer de arranjar dinheiro, nem que seja cometendo crimes, para não morrer de fome.
Mas os Italianos estão fartos de tanta violência e agora, ao menos na Itália, começaram a retribuir a violência com outra violência, e frequentemente inocentes que não fizeram nada de mal apanham somente por serem imigrados.
CONSELHO : ESTÁS A PENSAR EM IMIGRARES NA ITÁLIA?
Então, antes de imigrares:
OLHA, MUDA DE IDEIAS, ESCOLHE OUTRO DESTINO, NÃO SÃO TEMPOS PARA TENTARES DE IMIGRAR ILEGALMENTE NA ITÁLIA.
Antes imigra mas é na China, na Rússia, no Canada ou na Austrália, deixa estar a Itália.
Quem me avisa meu amigo é (provérbio português).
Uomo avvisato mezzo salvato (provérbio italiano)
Ando realmente muito preocupado com a violencia que está a andar à solta sem travões pelo meu pais. Hoje um jovem de origem africana (Burkina Faso) mas com cidadania italiana, um cidadão italiano como os outros, com somente 19 anos de idade foi morto na rua. A sua culpa: ter roubado umas bolachas num quiosque. Foi seguido pelos donos do quiosque, pai e filho, que agrediram-no na rua com insultos racistas e mataram-no. A mim parece-me uma morte mesmo absurda, matar uma pessoa por ter roubado umas bolachas....apagar uma vida com 19 anos...
Tudo isto não faz sentido. Os dois criminosos que mataram este jovem já foram apanhados pela policia, eu não vou encontrar nenhuma desculpa para o crime absurdo que cometeram, não se mata uma pessoa por ter roubado umas bolachas.
Por outro lado nem devemos fecharmos os olhos perante uma situação de grande cansaço dos Italianos com toda esta criminalidade que anda à solta pelo pais. Não se mata uma pessoa por ter roubado umas bolachas mas também digo que não se deve roubar, não se deve roubar nada, nem sequer bolachas. Infelizmente o nivel da criminalidade na Itália continua subindo, já nem temos lugares nas cadeias para tantas pessoas que cometem crimes. Tivemos que libertar 27.000 pessoas com uma amnistia, para fazer um bocado de espaço nas cadeias, soltando os criminosos com crimes menores, desses 27.000 pessoas soltas, em poucos meses, mais de 10.000 já estavam outra vez na cadeia por ter cometido outros crimes logo que sairam.
O problema é também muito ligado à invasão de imigrados que de todos os cantos do mundo tentam desesperadamente imigrar na Europa, muitos deles conseguem encontrar empregos e então integram-se na sociedade, por exemplo aqui na Itália temos muitos Indianos, Paquistanos , Brasileiros, Argentinos, Filipinos e Ghanianos perfeitamente integrados, trabalham, pagam as taxas, vivem à italiana. Mas temos centenas de milhares de pessoas absolutamente não integradas, que vivem clandestinamente no territorio nacional, sem emprego, frequentemente sem casas, e claro, quando a fome aperta é normal inventar uma maneira, seja qual for, de arranjar dinheiro para comer, mais ou menos legal que seja. Mas acho que não vamos ajudar o terceiro mundo permitindo que todo o terceiro mundo se mude para Europa, não deve ser essa a solução acho, parece-me mais inteligente uma politica de ajudas internacionais menos paternalisticas e mais eficazes, parando de ajudar ditadores corruptos e permetindo o desenvolvimento de democracias baseadas no trabalho e no direito.
Grande sonhador, hem?
Então fazer o quê? Já sei: nada, deixarmos simplesmente encher a Europa de fomintos chegados pelos quatro cantos do planeta.
Isto não é sermos cristãos, é mais sermos preguiçosos e hipocritas, acho.
Depois o que acontece é a violencia à solta nas ruas e rapazes com 19 anos mortos somente por terem cor da pele escura , apesar de serem cidadãos como os outros, somente por terem roubado umas bolachas.
Seria preciso mudarmos de rumo, e urgentemente.
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