No sabado recebi um telefonema dum camarada português, pessoa de bem que tem o sentido da pátria portuguesa e da importância de defendermos os valores da civilização ocidental. Tenho esperança de conseguir encontra-lo nos próximos dias, acho que podia aprender muita coisa por ele acerca da historia deste Portugal que , apesar de ser estrangeiro, tanto amo.
Mas o camarada conseguiu deixar-me sem palavras.
Então não é que, sem muitos rodeios, ele ofereceu de dar uma mão e chegou a oferecer até dinheiro?
Agora, eu dinheiro não posso aceitar de ninguém, sou uma pessoa que quer trabalhar para viver sem ser um peso para os outros, isto é bíblico, quem não quer trabalhar que nem coma, na palavra de Deus vem escrito como todos temos que trabalhar para ganharmos nosso pão sem vivermos à custa dos outros, portanto dinheiro pelos camaradas não aceitava, nem emprestado, mas se fosse uma mãozinha para arranjar um emprego ou um trabalho e ter a possibilidade de ganhar o meu pão, nesse caso aceitava sim e agradecia de coração. E contudo o camarada deixou-me sem palavras, com tanta generosidade, a oferecer de ajudar até a nível material. Posso não precisar disso, porque prefiro viver duma maneira frugal utilizando as minhas poupanças, mas mesmo assim apreciei imenso essa mão estendida.
Essa pessoa , que voltou a Portugal desde África, bem sabe como é chegar a Portugal sem nada e ter que inventar um futuro aqui, de zero, e por isso pode perceber perfeitamente a minha condição actual. Fiquei comovido com a compreensão e a oferta de ajuda. Claro, aproveitei, não aceitei dinheiro mas disse-lhe que se pudesse dar-me uma mãozinha na procura dum emprego podia ser importante e o camarada prometeu fazer os possíveis para me dar uma mão com informações úteis ou passando o meu CV a uns conhecidos dele.
Um emprego em Portugal eu podia ter para o ano, já me foi oferecido, num grande projecto de construção civil que por enquanto está no papel mas para o ano vai tornar-se realidade. se tudo correr bem, para o ano vou ter um bom emprego em Portugal, agora hei de encontrar um emprego para um ano, um ano e meio, para não ficar a aborrecer-me em casa gastando as minhas poupanças ou ter que voltar a trabalhar na Itália. Agora que dei o salto e cheguei a Portugal, queria ficar, seria estúpido voltar para Itália e depois daqui a um ano voltar para Portugal, vou ver se consigo, se Deus quiser, ficar cá e começar já a trabalhar cá, qualquer coisa podia ser, por uns meses, nem me importava com o ordenado, podia aceitar também algo baixinho, por enquanto.
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